Será tudo uma questão de momentos?

" Há momentos em que se diz sim.
Dizes sim de tal forma que o teu corpo diz sim também, em gestos mecânicos que não controlas, através de expressões faciais que não entendes.

Há momentos em se diz talvez.
Um talvez profundo e suspirado, misturado com um quanto de silêncio e outro quanto de gargalhadas. Um talvez nervoso, indeciso, confuso….
Um talvez mágico ou totalmente perturbador. Um talvez teu. Porque, para ti, é talvez... por enquanto, ou para todo o sempre.

Ainda há os momentos em que se diz não.
Um não que te transforma numa armadura fria e gelada, que te assemelha a um bicho estranho, sem amor e sem vida.
Um não que às vezes não é mais do que o medo de dizer sim, mas que sai em forma de não; ou um não que é simplesmente o que é: não.

E, depois, há aqueles momentos em que simplesmente não se diz nada.
Não dizes porque não queres, não dizes porque não sabes (dizer, não dizer, o que dizer?). Não dizes porque simplesmente não dizes.

E não tens de dar explicações quanto a isso, não tens sequer de dizer o porquê de nada.
É o momento em que simplesmente não dizes. Calas. E o outro, a maior parte das vezes… consente “